segunda-feira, 29 de março de 2010

VOCÊ É UM IDÓLATRA EVANGÉLICO?



Os evangélicos costumavam criticar muito os católicos por dizer que eles eram adoradores de imagem, o irônico é que os evangélicos também praticam idolatria, porém de forma mais sutil...


Existem aqueles que projetam em alguém um ser que não existe. É como alguém que está apaixonado e projeta na pessoa, fruto de sua paixão, um ser perfeito que “pisa nas nuvens”; um ser que só existem mesmo na mente da pessoa apaixonada, pois a realidade apresentaria outra pessoa.


Existem os “adoradores” de Ana Paula Valadão, Cassiane, Aline Barros, Davi Sacer, etc. Admirar e reconhecer alguém é algo bom, mas quando o outro se torna o centro de suas decisões e quando você não enxerga o lado humano, algo está fora do lugar.


Outro sintoma de tal idolatria é que no dia que a pessoa se decepciona com seu “ídolo” de alguma forma, o “amor” pelo ídolo vira ódio, pois a pessoa descobre que aquilo que ela imagina simplesmente nunca existiu. Como diria Freud o tótem vira tabu.


Jesus disse que o profeta não tem honra em sua própria casa (Mc. 6). Então existem aqueles evangélicos que tratam mal seus filhos ou parentes ou não dão valor aos da casa, mas se eles estiverem diante de um de seus “ídolos” serão capazes das maiores bajulações.


Eis a questão: é mais fácil “amar” aquele que está distante, aquele que só conhecemos suas músicas maravilhosas e mensagens maravilhosas, mas se passássemos a conviver com a pessoa, começaríamos a ver que ela é tão falha quanto qualquer um.


Muitos são os que modelam sua vida pela opinião de outros. São pessoas que transferem para alguém a responsabilidade e a decisão de suas escolhas. A vida de tais pessoas é baseada nos conceitos que elas ouviram de outro. Algumas pessoas são devotas de Silas Malafaia, Jorge Linhares, Marcus Feliciano, etc. O que eles disserem será o referencial da vida da pessoa. As pessoas não pensam, não questionam, esquecem que podem até ser homens usados por Deus, porém continuam sendo homens...


Por um lado... Há aqueles que invejam tais “ídolos” e estão sempre encontrando suas falhas, contradições e defeitos, não por questionarem se o que dizem é evangelho ou não, mas movidos por inveja e ambição torpe. Se alguém questiona, que questione não movido por vaidade, mas pelo Espírito de Deus que não é de confusão. Que possa até haver uma revolução, mas que seja motivada não por amargura ou vaidade, mas pelo propósito de lutar pelo verdadeiro evangelho.


Há aqueles que contaminam a igreja difamando o pastor ou líderes movidos por mágoa ou raiva, escrevem para si uma história que não acabará bem. É preciso sempre se perguntar: o que me motiva realmente a fazer o que estou fazendo?


É preciso dizer a verdade, sem ofender (a ofensa ensurdece a razão do outro e o impede de se enxergar), mas sem ser falsamente passivo. Quando há dissimulação geralmente é hora de sair.


Por outro lado... O conselho bíblico é examinar tudo e reter o que é bom. Quando um pastor ou alguém disser algo, é preciso questionar o que é dito. Há muitos pastores imputando uma ditadura sutil em suas igrejas, quando não permitem que seus membros pensem por si próprios, mas apenas pelas opiniões e vontades dele. Há pastores que até endemonizam aqueles que pensam. Não vos conformeis com esse mundo significa também não se conformar com tais mundanismos dentro da igreja causado por pastores ditadores.

Acredito que uma das coisas que mais encanta a Deus é quando decidimos por Ele e pela sua vontade a partir de nós mesmos. As pessoas ficam buscando seu referencial em outros, quando precisaríamos buscar dentro de nós as nossas respostas. Como diria Ed René: “quem pergunta se pode ou não pode são as crianças"...


Deus fala pela sua palavra, através de pessoas e de muitas maneiras, mas Ele almeja que nossas decisões não sejam decoradas; não sejam aquelas que ouvimos de outros. Deus deseja que cada um de nós, a partir de nós mesmos, venhamos a conhecê-lo da única maneira possível de conhecê-lo pessoalmente, que é por nós mesmos